1° - Período Imperial, Terras Realengas de Campo Grande. * No Germânico, Realengas nomeava tudo que fosse longíquo.
2°- (Vinculada à tradição popular) Abreviatura de Real Engenho -> Real Eng° que era afixada sobre as placas no topo de bondes desta região que popularmente passou a chamar-se Realengo.
Mas a origem levantada e defendida por muitos historiadores é a junção das duas. Segundo a Carta Régia de 27 de Junho de 1814.
“Real Engenho”, já que era o caminho da Família Real quando os nobres iam visitar a fazenda de Santa Cruz. E daí para RealEngo foi um pulo, (nem é tão estranho, dizem que Praça Seca se chamava originalmente de Praça Visconde Asseca, Praça Asseca e finalmente Praça Seca). Mas há outra razão, a palavra realengo viria de uma expressão de origem germânica: realenga, que significa tudo aquilo que está afastado, distante do poder real.
Dom João VI, que atuava como príncipe havia concedido terrenos situados em Campo Grande, chamados de 'realengos'; Concedidos através das sesmaria ao Senado da Câmara do Rio de Janeiro os terrenos situados em Campo Grande, chamados de realengos, porque advindos da conquista territorial pela descoberta do país se encontravam incompletos ao patrimônio real.
As terras da atual Realengo tinham um único objetivo: Servir de pastagem de gado bovino, fornecendo carne aos talhos(açougues) da época. Mas essas terras foram impedidas de exercer sua função, uma vez que a carne fora julgada impossibilitada de consumo.
Fabrica de Realengo
O Bairro de Realengo, entre os anos de 1913 e 1944, foi sede da Escola Militar de Realengo, instituição responsável pela formação acadêmica de oficiais do Exército Brasileiro. Juntamente com a Fábrica de Cartuchos de Realengo, a Escola Militar foi uma importante influência no desenvolvimento da região. Formaram então, um patrimônio material ligado a memória de sua história e também das origens do bairro.
Fábrica de Cartuchos de Realengo
No ano de 1878, um grande desenvolvimento na história de Realengo aconteceu. Foi o ano em que a estação ferroviária de Realengo foi inaugurada, e consequentemente, Realengo passou a receber algumas indústrias privadas e instituições militares:
Escola de Tiros e a Escola Militar de Realengo
Criada nos anos de 1898, a Fábrica de Cartuchos de Realengo exerceu um papel muito importante na história do bairro. Abriu portas para novos comércios, novos empregos e novos moradores. Embora o crescimento do bairro fosse visível, a fábrica foi desativada em maio de 1977. Mesmo abalados, os realenguenses, mostraram seu espírito de superação, e nos dias atuais podemos ver no que a antiga Fábrica de Cartuchos de Realengo se transformou.
A antiga fábrica ocupava um lugar de 146000m², que hoje, uma pequena parte está sendo ocupada por algumas instituições como: o Colégio Pedro II, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Campus Realengo) e outras obras estão em andamento.
A Fábrica de Realengo
No organograma do antigo Ministério do Exército, constava que vários departamentos dirigiam grande número de diretorias. Varias fábricas arsenais eram subordinados à Diretoria de Fabricação e Recuperação, que eram responsáveis por fabricar e recuperar o material bélico do exército. Dentre essas fábricas subordinadas, se encontrava a famosa e importante Fábrica de Realengo.Sua função era fabricar munição de infantaria para todo o Exército Brasileiro, conhecida como munição para armamento leve (fuzil, metralhadora, etc)
Antes sediada em Campinho, Cascadura, a fábrica foi transferida para Realengo, onde ocupou algumas das instalações da antiga Escola Militar de Realengo, que por sua vez estava desocupada devido à transferência da Escola Militar para Resende, a qual se transformou na Academia Militar das Agulhas Negras. Antes de se tornar a famosa Fábrica de Realengo, seu nome era Fábrica de Cartuchos de Infantaria. Possuindo uma grande quantidade de funcionários, à fábrica ocupava quatro grandes áreas. Eram denominadas:
Área 1 - Situada na rua Bernardo de Vasconcelos,era destinada mais para a parte administrativa:
- com gabinete do Diretor,dos chefes dos Departamentos Técnicos e Administrativo;
- chefias de vários serviços e também tesouraria, almoxarifado, posto médico etc;
- estavam instaladas as antigas oficinas de munição 30 e 7mm, que após a segunda guerra mundial, os armamentos que usavam esse tipo de munição deixaram de ser usados.
- Serviços de transporte, Escola Maternal e a Escola de Aprendizagem Industrial.
- Formada por várias oficinas, e possuía duas maiores e com mais importância. Essas, fabricavam calibres 7,62 e o 50, que era sua especialização em todo o Exército Brasileiro
Área 4 - era situada na Rua Princesa Imperial. Localizava-se no outro lado da linha férrea da estação de Realengo. Possuía vários Paióis e se sua função era o armazenamento de munições e explosivos.
Uma empresa particular, da qual o Exército era um dos acionistas, foi criada na década de oitenta e se chamava Industria de Material Bélico (IMBEL). Sua função era fiscalizar a produção de tudo o que era fabricado. Logo, todas as Fábricas militares passaram a pertencer a essa empresa. Depois de vários estudos, as comissões verificaram que não era vantajoso o funcionamento de algumas Fábricas, como a Fábrica de Realengo, que por consequência foi desativada e os funcionários e civis que trabalhavam na Fábrica, foram transferidos para outras Organizações Militares do Exército.
O fim da grande Fábrica de Realengo deixou saudades, pois significava muito não só para os antigos funcionários, mais também para todo o povo de Realengo, que possuíram pela Fábrica, um sentimento de orgulho, por ser uma grande tradição no bairro.
Escola Militar de Realengo
Criada pelo príncipe regente D. João, por meio da Carta de Lei de 4 de dezembro de 1.8010, a Academia Real Militar - embrião da Academia Militar Das Agulhas Negras.
A instituição tem como antecedente a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, criada
em 1792, e considerada por alguns autores como o mais antigo estabelecimento de ensino militar nas Américas (Telles, 1984). Tendo sofrido uma série de mudanças tanto em termos organizacionais quanto em relação à sua localização geográfica, chegou aos dias de hoje com a denominação de Academia Militar das Agulhas Negras, estabelecimento de ensino atualmente responsável pela formação de oficiais do Exército Brasileiro.
A Escola Militar foi parcialmente transferida para Realengo em 1905, ocupando, além do edifício da Escola Preparatória, outras instalações militares já existentes na região. Essa transferência também foi progressiva: entre 1905 e 1912 funcionaram em Realengo os cursos de Artilharia e Engenharia. A partir de 1913, foram implantados também, os cursos de Cavalaria e Infantaria, estabelecendo-se a configuração mais próxima daquela escola que funcionou até sua extinção, em 1944. Nesse ano, foi fundada a Escola Militar de Resende, no município de Resende, no estado do Rio de Janeiro. Essa denominação foi mudada uma vez, em 1951, para Academia Militar das Agulhas Negras, que permanece até os dias atuais.
Interessante !
ResponderExcluirSim, muito interessante saber como era realengo e como o bairro sirgiu. E é muito maneiro saber que realengo fez parte da construção do brasil!
ResponderExcluirVivendo e, procurando aprender, sempre
ResponderExcluirMuito bacana a história do nosso bairro. Realengo, bairro de trabalhadores e gente boa. Salve Realengo!!!
ResponderExcluirMuito bacana a história de Realengo. Zona oeste lugar de trabalhadores e gente boa!!! Salve Realengo!!!
ResponderExcluirAmo esse bairro é suas histórias
ResponderExcluirSou de Realengo,moro em Cruzeiro ,Estado de SP.
ResponderExcluirGostaria de ter fotografias Antigas do Bairra de Realengo e da década de 70.
Estudei no Colégio Nossa Senhora do Carmo,na infância, nasci na rua: Oliveira Braga,detrás da Igreja Matriz ,de Realengo.
Me ajudem a ter matérias de fotografias,para poder mostra e deixar
minhas memórias,para os meus netos.
Saudades e Lembranças dos meus antepassados.
Por Favor,se tiver fotografias de ex-alunos do Colégio Nossa Senhora do Carmo em Realengo e fotografia do Colégio antigo ,da década de 60.
Por favor me enviar, para o wastsap 12 982523584 Nadia.
Ficarei muito agradecida.
Muito bom
ResponderExcluirÉ muito bom saber como as coisas vão sendo formadas!
ResponderExcluirA história do amolador de facas
ResponderExcluirGostaria de saber como surgiu o bairro Barata?
ResponderExcluirGostaria de saber mais da história de realengo
ResponderExcluirComo data de fundação e outras curiosidades
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirTenho muito orgulho de ser cria desse querido bairro que amo muito 😍😍
ResponderExcluirMorei em Realengo de 1964 até 1990, qdo me mudei para Niterói, hoje moro em Icaraí. Meu filho mais velho, netos e primos moram Realengo.
ResponderExcluirEstudei na Escola Nicarágua e Padre Lionel Franca, tenho muita saudade deste tempo, bem como do cinema,do carnaval de rua,m vestia de Clóvis ( bate bola ), dos bailes no Grêmio, fui sócio durante anos, conclui o terceiro grau na Faculdade Simonsen.
O que lamento é o processo de abandono do bairro, a falta de segurança,de lazer, diversas áreas que poderiam ser transformadas em pra as de esportes para população estão abandonadas, não incentivo para instalação de empresas/indústrias no bairro.
Torco para que haja uma ATENÇÃO maior do poder Público, com investimento em infraestrutura, lazer e segurança.
Morei em Realengo de 1948 a 1950 e depois de 1953 a 1956. Nasci em Niterói, onde fiquei até 1948. De 1948 a 1950, dos 3 anos aos 5 e meio e depois de 1953 a 1956. Dos 5 anos e meio aos 8 anos estive morando com parentes em Niterói, para onde voltei por questões de doença. Em Realengo, rua marechal Soares de Andréa, 37 e em Niterói Rua Visconde do Uruguai, 204.Estudei no Colégio Cursino do Amarante, e uma irmã na Escola Nicaragua, que ficava na estrada de Santa Cruz, tbm conhecida como Estrada Rio/São Paulo. Meu pai, um Português chegado ao Brasil em 1927, quando foi morar em Niterói, foi o pioneiro na criação de garagens de bicicletas, que ficava no bairro do Realengo, na rua que já citei. Meu primeiro marido tbm morou na mesma rua que eu, na década de 50. Luiz Carlos Leal, filho de Carmen Moreira Leal e Mário José Leal, militar baiano com carreira militar no Realengo. Meu pai, José Monteiro Ribeiro. Meu cunhado, Luiz da Silva Góes, que tbm morava na mesma rua que eu, trabalhava na Fábrica do Realengo. Em 1956 nos mudamos para o bairro de Vila Isabel para ficar mais perto do Racionalismo Cristão da rua Jorge Rudge, porque a minha família era sua frequentadora. Quando morávamos no Realengo íamos ao Racionalismo Cristão, uma doutrina espírita, de Campo Grande. Fico muito impressionada com o fato da expressão Santa Cruz fazer parte de minha vida. hospital Santa cruz, onde nasci, em Niterói, Estrada de Santa Cruz, a estrada em Realengo, Rua Santa Cruz, em São Paulo, no bairro de Vila Mariana, onde fui morar em 2004, metrô Santa Cruz, idem, Shopping Santa Cruz, e de novo hospital Santa Cruz que passou a fazer parte de minha vida novamente. um, em Niterói, onde nasci, e o outro agora, até novembro de 2020, em São Paulo.Sou uma pessoa muito impressionada com coincidências. Coincidências existem ou não?!
ResponderExcluirHj é dia 2 de janeiro de 2025 e vou informar algo que desconhecem sobre este bairro. Na década de 50 do século 20 ainda havia uma casa de prostituição que fora usada pelos militares do bairro, no tempo da formação militar de todos os presidentes da república após 1964. Minha casa ficava neste endereço dito acima e nos fundos do nosso terreno ficava a casa de prostituição. Acredito que já em decadência - toda prostituição o é - porque a partir de 1944, como conta a História, houve a transferência para Resende, da Escola Militar do Realengo. A rua era a paralela à Marechal Soares de Andréa, a Dr Cardoso Martins. Era conhecida como A Casa Vermelha porque era pintada nesta cor.
ExcluirHdhdydjdvvuvyvyctctc
ResponderExcluirGostaria de encontrar lembranças do Colégio,como fotografias antigas de alunos com uniforme da época e fotografia de como era o Colégio,
ResponderExcluirsou ex- aluna da década de 60.
É muito importante pra mim,recordar
minha Infância.
Meus avós hoje falecidos
paternos Pedro de Oliveira Gonçalves e Raymunda Nunes Goncalves e avós
Maternos José Equador Rodrigues Lisboa
e Inês Soares Lisboa.
A rua Oliveira Gonçalves,n° 239.
Agora com outro nome a rua.
O tempo passa,as pessoas se vão,
tudo vai se modificando,mas minhas momerias continua viva e a procura de alguém que tenha recordações da mesma época que eu.
Só a Igreja Matriz permanesse igual
Saudades do tempo que se foi e pena
dos lugares que vão se modificando
até se apagar de vez e ficar irreconhecível.
Não é mais o lugar onde nasci e vivi a minga Infância,na epoca da inocência.
Desculpe os erros,as lágrimas
ResponderExcluirembaçaram minha vista.
Se pudesse trazer de volta o passado
como um filme da minha memória,
pra meus netos que estão chegando e conhecerem a terra onde nasci e passei minha Infância.
Eu sei tudo de realengo
ResponderExcluirConheceu a casa de prostituição da rua dr Cardoso Martins que contei acima?
ExcluirMuito bom saber parte da história de Realengo! Como tudo começou!
ResponderExcluirGratificante!
Mário Zeferino Rio
E contei acima um pouco mais sobre o bairro. rs
ExcluirHoje 15/06/2024 foi inaugurado o parque de Realengo no terreno da antiga Fabrica de cartuchos, foi uma festa muito bonita. Fiquei feliz em vê aquele espaço sendo reaproveitado, tenho 53 anos de Realengo e todas as vezes que passava em frente a antiga Fabrica meu coração ficava triste em vê aquele terreno totalmente abandonado. Muito obrigada prefeito Eduardo Paes por proporcionar aos moradores esse parque maravilhoso.
ResponderExcluirNossa! No ano passado!
ResponderExcluir